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por URBE

Conversas Urbanas #3: Meio Ambiente


O meio ambiente construído foi nosso objeto de debate nesse terceiro Conversas Urbanas. O envolvimento brasileiro em ações que promovam a sustentabilidade urbana ainda é recente, temos muitos grupos e pesquisas que debatem o assunto mas ainda nos falta a conversa entre políticas públicas, referências acadêmicas, experiência profissional e ações efetivadas.

A articulação entre poder público, iniciativa privada, entidades comunitárias e conselhos profissionais, é essencial para chegarmos em diretrizes conjuntas e caminharmos no mesmo sentido. Pouco temos de material e normas que apontam indicativos quantitativos e qualitativos de análise do espaço urbano das cidades brasileiras. Sabemos que pela extensão do nosso território temos que ter olhares atentos para a diversidade, sendo impossível aplicar as mesmas soluções em todo o pais.

A sustentabilidade em edificações é um ramo no qual temos avançado no Brasil, mas ainda estamos "engatinhando", com resultados escassos e rasos. São muitas as variáveis indicativas de que uma edificação ou uma cidade é sustentável, eficiente e positiva para a cidade, no entanto o conjunto de soluções tem que ser pensado como uma rede, sempre de forma a balancear todas as variáveis. Muitas vezes as soluções adotadas são ambientalmente positivas mas economicamente inviáveis, ou vice e versa.


Os casos isolados de edifícios altamente eficientes são relevantes principalmente no sentido de criar precedentes e casos de estudo. Ganhar uma etiqueta de eficiência é importante para termos uma base de análise, bem como novas referências que nos instiguem a buscar soluções cada vez melhores.


Deve-se cuidar não só do edifício isoladamente, mas pensar a sustentabilidade de forma holística, enxergando a relação com o entorno desses empreendimentos, fazendo deles irradiadores de possibilidades.


Temos avançado nas políticas públicas, como por exemplo na exigência da etiquetagem nos edifícios públicos federais. Por ser uma etiquetagem brasileira temos parâmetros mais adequados a nossa realidade, diferente dos inúmeros programas internacionais que entraram no mercado brasileiro, mas não condizem com a realidade do país.

Os órgãos reguladores, bem como os conselhos e outras entidades que estão dentro do processo de construção e produção da cidade, têm que se posicionar quanto às diretrizes de desenvolvimento, ajudando a sistematizar estes processos. Dessa forma, com a informação clara e acessível, todo cidadão é capaz de contribuir com a qualidade da vida urbana.


Precisamos que se amplie a área de atuação em urbanismo e edificações sustentáveis, para termos mais estudos de caso e assim analisar o comportamento dos materiais e das pessoas em determinado local. A ideia é adotar uma postura que considere o impacto das nossas escolhas como profissionais e como cidadãos. Escolhas de materiais, mão de obra, relação com a sociedade e ciclo de vida são assuntos que, além de precisarem ser mais bem difundidos, tem de ser regulados por políticas públicas.




O texto foi produzido a partir das reflexões feitas no evento Conversas Urbanas #3, que aconteceu aqui na URBE em julho de 2018. Você pode vê-lo na íntegra em nosso canal do Youtube.


{Conversas Urbanas} são os nossos encontros mensais para debatermos temas relevantes a produção e ao desenvolvimento da nossa cidade. Fique atento às nossas redes sociais para não perder a data dos próximos!


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